Educação
domingo, 15 de agosto de 2010
Formação Continuada, Pedro Demo
Pedro Demo concedeu essa entrevista durante o Congresso Conhecer 2008, cujo tema era educação.
Pedro Demo é professor do departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). PhD em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, Alemanha, e pós-doutor pela University of California at Los Angeles (UCLA), possui 76 livros publicados, envolvendo Sociologia e Educação.
Pedro Demo é professor do departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). PhD em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, Alemanha, e pós-doutor pela University of California at Los Angeles (UCLA), possui 76 livros publicados, envolvendo Sociologia e Educação.
Atividade com texto
O sentido do texto
Algumas vezes esquecemos de empregar a palavra mais adequada ao texto e não conseguimos comunicar com precisão o que desejamos. Observe a seguir como ficou repleto de “vazios” o texto de um jovem esquecido. Você deverá discutir com um colega de sua turma sobre qual seria a melhor palavra para completar o pensamento do jovem e auxiliá-lo a concluir a sua produção. Capriche!
Os três caras do caminhão de mudança chegaram cedo, antes das oito. Começaram a embalar as coisas miúdas: louças, ________________ , discos, ________________. Disseram que já haviam feito mudanças ________________ sem quebrar nada. Minha mãe quis saber se a nossa ________________ era grande ou pequena.
– A da senhora é ________________ – responderam. E foram lembrando: estavam na empresa há muito tempo, já viram de tudo. Uma vez precisaram de quatro caminhões.
– Como é que pode? Minha mãe ficou ________________.
– A mudança da senhora cabe num caminhão só.
Quando encontravam um copo trincado, mostravam:
– É bom a senhora olhar, ver que já está assim.
Meus irmãos ________________ a montar as caixas de papelão. Elas vinham
dobradas, presas umas nas outras. Na medida da necessidade, iam sendo abertas e montadas.
Depois de cheias e ________________ com fitas adesivas, eles escreviam: sala,
banheiro, quarto de casal, etc.
O caçula entrou dentro de uma ________________, um dos homens brincou:
– Vou te fechar aí dentro e levar para o ________________.
– Pode fechar – ele ficou todo animado.
Meu outro irmão entrou em ________________.
– Não precisa ter medo – minha mãe riu. – Eles não levam nada vivo.
– E se ele adoecer? Insistiu.
– Ninguém aqui vai morrer, garoto – garantiu um dos ________________, o mais velho.
VIANA, Vivina de Assis. O mundo é pra ser voado. São Paulo, Scipione, 2006, Adaptado.
Algumas vezes esquecemos de empregar a palavra mais adequada ao texto e não conseguimos comunicar com precisão o que desejamos. Observe a seguir como ficou repleto de “vazios” o texto de um jovem esquecido. Você deverá discutir com um colega de sua turma sobre qual seria a melhor palavra para completar o pensamento do jovem e auxiliá-lo a concluir a sua produção. Capriche!
Os três caras do caminhão de mudança chegaram cedo, antes das oito. Começaram a embalar as coisas miúdas: louças, ________________ , discos, ________________. Disseram que já haviam feito mudanças ________________ sem quebrar nada. Minha mãe quis saber se a nossa ________________ era grande ou pequena.
– A da senhora é ________________ – responderam. E foram lembrando: estavam na empresa há muito tempo, já viram de tudo. Uma vez precisaram de quatro caminhões.
– Como é que pode? Minha mãe ficou ________________.
– A mudança da senhora cabe num caminhão só.
Quando encontravam um copo trincado, mostravam:
– É bom a senhora olhar, ver que já está assim.
Meus irmãos ________________ a montar as caixas de papelão. Elas vinham
dobradas, presas umas nas outras. Na medida da necessidade, iam sendo abertas e montadas.
Depois de cheias e ________________ com fitas adesivas, eles escreviam: sala,
banheiro, quarto de casal, etc.
O caçula entrou dentro de uma ________________, um dos homens brincou:
– Vou te fechar aí dentro e levar para o ________________.
– Pode fechar – ele ficou todo animado.
Meu outro irmão entrou em ________________.
– Não precisa ter medo – minha mãe riu. – Eles não levam nada vivo.
– E se ele adoecer? Insistiu.
– Ninguém aqui vai morrer, garoto – garantiu um dos ________________, o mais velho.
VIANA, Vivina de Assis. O mundo é pra ser voado. São Paulo, Scipione, 2006, Adaptado.
Atividades para o 5º ano
Exercícios de Interpretação de Texto.
Sopa de macarrão
O filho olha emburrado o prato vazio, m o pai pergunta se não está com fome.
— Com fome eu tô, não to é com vontade de comer comida de velho.
Lá da cozinha a mãe diz que decretou ― De-cre-tei! — que ou ele come legumes e verduras, ou vai passar fome.
— Não quero filho meu engordando agora para ter problemas de saúde depois. Só quer batata frita e carne, carne e batata frita!
Ela vem com a travessa de bifes, o pai tira um, ela senta e tira o outro, o filho continua com o prato vazio.
— Nos Estados Unidos — continua ela — um jornalista passou um mês comendo só fastfood, engordou mais de seis quilos!
— E como é que ele agüentou um mês só comendo isso?! — perguntou o pai, o filho responde:
— Porque é gostoso! — E pega com nojo uma folhinha de alface, põe no prato e fica olhando como se fosse um bicho.
A mãe diz que é preciso ao menos experimentar para saber o que é ou não gostoso, e o pai diz que, quando era da idade dele, comia cenoura crua, pepino, manga verde com sal, comia até milho verde cru.
— E devorava o cozido de legumes da sua avó! E essa alface? Pra comer, é preciso botar na boca...
O filho enfia a alface na boca, mastiga fazendo careta, pega um bife, a mãe pula na cadeira, pega o bife de volta:
— Não-senhor! Só com salada pra valer, arroz, feijão, tudo!
— Ele continua olhando o prato vazio, até que resmunga:
— Se vocês sempre comeram tão bem, como é que acabaram barrigudos assim?
O pai diz que isso é da idade, o importante é ter saúde.
— E você, se continuar comendo só fritura, carne, doce e refrigerante, na nossa idade vai pesar mais de cem quilos!
— No Japão — resmunga ele — podia ser lutador de sumo e ganhar uma nota.
— E no Natal — cantarola a mãe — vai ser Papai Noel né? E Rei Momo no carnaval...
— Não tripudie — diz o pai. — Ele ainda vai comer de de tudo. Quando eu era menino,detestava sopa. Aí um dia minha mãe fez sopa com macarrão de letrinhas, passei a gostar de sopa!
O filho pergunta o que é macarrão de letrinhas, o pai explica. Ele poê na boca uma rodela de tomate, o pai e a mãe trocam um vitorioso olhar. O pai faz uma voz doce:
— Está descobrindo que salada é gostoso, não está?
— Não, peguei tomate para tirar da boca o gosto nojento de alface, mas acabo de descobrir que tomate também é nojento.
— Mas catchup você come não é? Pois é feito de tomate!
— E ele também não come ovo — emenda a mãe — mas come maionese, que é feita de ovo!
O filho continua olhando o prato vazio.
— Coma ao menos feijão com arroz — diz o pai.
Ele pega uma colher de feijão, outra de arroz dizendo que viu um filme onde num campo de concentração só comiam assim pouquinho, só o suficiente pra sobreviver... Mastiga tristemente, até que o pai lhe bota o bife no prato de novo, mas a mãe retira novamente:
— Ou salada ou nada! Sem chantagem sentimental!
O pai come dolorosamente, a mãe come furiosamente, o filho olha o prato tristemente.
Depois a mãe retira a comida, ele continua olhando a mesa vazia. Na cozinha, o pai sussura para ela:
— Mas ele comeu duas folhas de alface, não pode comer dois pedaços de bife?!...
Ela diz que de jeito nenhum, desta vez é pra valer; então o pai vai ler o jornal, mas de passagem pelo filho, pergunta se ele não quer um sanduíche de bife — com salada, claro. Não, diz o filho, só quer saber de uma coisa da tal sopa de letras. O pai se anima:
— Pergunte, pergunte!
— Você podia escrever o que quisesse com as letras no prato?
— Claro! Por que, o que você quer escrever?
— Hambúrguer, maionese e catchup.
É teimoso que nem o pai, diz a mãe. Teimoso é quem teima comigo, diz o pai. O filho vai para o quarto, só sai na hora da janta: sopa de macarrão. Então, vai escrevendo, e engolindo as palavras: escravidão, carrascos, nojo, e enfim escreve amor, o pai e mãe lacrimejam, mas ele explica:
— Ainda não acabei, tá faltando letra pra escrever: amo rosbife com batata frita...
Domingos Pellegrini
Antologia de crônicas: crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Moderna, 2005.
1. Assinale o fato narrado nessa crônica.
( ) Pai, mãe e filho discutem na mesa de almoço e jantar sobre a alimentação do filho.
( ) Pai e filho querem comer bife com batatas todos os dias.
2. Que personagens participam dessa crônica?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Assinale o tipo de narrador dessa história.
( ) Narrador-personagem, pois é a personagem principal que conta o que aconteceu com ela.
( ) Narrador-observador, porque é alguém que não participa da história, e que narra o acontecimento.
4. Em que momentos do dia acontecem esses diálogos?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Por que o pai e a mãe lacrimejam ao ver a palavra amor escrita na sopa?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Sopa de macarrão
O filho olha emburrado o prato vazio, m o pai pergunta se não está com fome.
— Com fome eu tô, não to é com vontade de comer comida de velho.
Lá da cozinha a mãe diz que decretou ― De-cre-tei! — que ou ele come legumes e verduras, ou vai passar fome.
— Não quero filho meu engordando agora para ter problemas de saúde depois. Só quer batata frita e carne, carne e batata frita!
Ela vem com a travessa de bifes, o pai tira um, ela senta e tira o outro, o filho continua com o prato vazio.
— Nos Estados Unidos — continua ela — um jornalista passou um mês comendo só fastfood, engordou mais de seis quilos!
— E como é que ele agüentou um mês só comendo isso?! — perguntou o pai, o filho responde:
— Porque é gostoso! — E pega com nojo uma folhinha de alface, põe no prato e fica olhando como se fosse um bicho.
A mãe diz que é preciso ao menos experimentar para saber o que é ou não gostoso, e o pai diz que, quando era da idade dele, comia cenoura crua, pepino, manga verde com sal, comia até milho verde cru.
— E devorava o cozido de legumes da sua avó! E essa alface? Pra comer, é preciso botar na boca...
O filho enfia a alface na boca, mastiga fazendo careta, pega um bife, a mãe pula na cadeira, pega o bife de volta:
— Não-senhor! Só com salada pra valer, arroz, feijão, tudo!
— Ele continua olhando o prato vazio, até que resmunga:
— Se vocês sempre comeram tão bem, como é que acabaram barrigudos assim?
O pai diz que isso é da idade, o importante é ter saúde.
— E você, se continuar comendo só fritura, carne, doce e refrigerante, na nossa idade vai pesar mais de cem quilos!
— No Japão — resmunga ele — podia ser lutador de sumo e ganhar uma nota.
— E no Natal — cantarola a mãe — vai ser Papai Noel né? E Rei Momo no carnaval...
— Não tripudie — diz o pai. — Ele ainda vai comer de de tudo. Quando eu era menino,detestava sopa. Aí um dia minha mãe fez sopa com macarrão de letrinhas, passei a gostar de sopa!
O filho pergunta o que é macarrão de letrinhas, o pai explica. Ele poê na boca uma rodela de tomate, o pai e a mãe trocam um vitorioso olhar. O pai faz uma voz doce:
— Está descobrindo que salada é gostoso, não está?
— Não, peguei tomate para tirar da boca o gosto nojento de alface, mas acabo de descobrir que tomate também é nojento.
— Mas catchup você come não é? Pois é feito de tomate!
— E ele também não come ovo — emenda a mãe — mas come maionese, que é feita de ovo!
O filho continua olhando o prato vazio.
— Coma ao menos feijão com arroz — diz o pai.
Ele pega uma colher de feijão, outra de arroz dizendo que viu um filme onde num campo de concentração só comiam assim pouquinho, só o suficiente pra sobreviver... Mastiga tristemente, até que o pai lhe bota o bife no prato de novo, mas a mãe retira novamente:
— Ou salada ou nada! Sem chantagem sentimental!
O pai come dolorosamente, a mãe come furiosamente, o filho olha o prato tristemente.
Depois a mãe retira a comida, ele continua olhando a mesa vazia. Na cozinha, o pai sussura para ela:
— Mas ele comeu duas folhas de alface, não pode comer dois pedaços de bife?!...
Ela diz que de jeito nenhum, desta vez é pra valer; então o pai vai ler o jornal, mas de passagem pelo filho, pergunta se ele não quer um sanduíche de bife — com salada, claro. Não, diz o filho, só quer saber de uma coisa da tal sopa de letras. O pai se anima:
— Pergunte, pergunte!
— Você podia escrever o que quisesse com as letras no prato?
— Claro! Por que, o que você quer escrever?
— Hambúrguer, maionese e catchup.
É teimoso que nem o pai, diz a mãe. Teimoso é quem teima comigo, diz o pai. O filho vai para o quarto, só sai na hora da janta: sopa de macarrão. Então, vai escrevendo, e engolindo as palavras: escravidão, carrascos, nojo, e enfim escreve amor, o pai e mãe lacrimejam, mas ele explica:
— Ainda não acabei, tá faltando letra pra escrever: amo rosbife com batata frita...
Domingos Pellegrini
Antologia de crônicas: crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Moderna, 2005.
1. Assinale o fato narrado nessa crônica.
( ) Pai, mãe e filho discutem na mesa de almoço e jantar sobre a alimentação do filho.
( ) Pai e filho querem comer bife com batatas todos os dias.
2. Que personagens participam dessa crônica?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Assinale o tipo de narrador dessa história.
( ) Narrador-personagem, pois é a personagem principal que conta o que aconteceu com ela.
( ) Narrador-observador, porque é alguém que não participa da história, e que narra o acontecimento.
4. Em que momentos do dia acontecem esses diálogos?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Por que o pai e a mãe lacrimejam ao ver a palavra amor escrita na sopa?
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